A QUEM SE DESTINAM AS EXPLICAÇÕES DA DOUTRINA
- svdee1
- 7 de out.
- 4 min de leitura
Atualizado: 12 de out.
A QUEM SE DESTINAM AS EXPLICAÇÕES DA DOUTRINA
ENTENDIMENTOS
Sem a pretensão de convencer a todos, a Doutrina dirige-se aos de boa-fé, aos que não trazem idéias preconcebidas ou decididamente firmadas contra tudo e todos, aos que sinceramente desejam instruir-se; aos ponderados, que duvidam do que não viram, mas que não crêem que o homem tenha chegado ao apogeu do conhecimento. (1)(2)
Como Kardec dizia, o estudo de uma doutrina tão nova e grande como o Espiritismo só poderia ser feito por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado; não seria para quem julgasse levianamente, sem ver, ou a ridicularizasse. O Espiritismo não pensa em violentar a crença de ninguém, por isso exige igual respeito. (3)
Os Espíritos superiores vêm às reuniões de estudo em que reina a perfeita comunhão de pensamentos e de sentimentos para o bem, onde os estudos são laboriosos e perseverantes, deixando as reuniões frívolas para os Espíritos levianos e mentirosos. (4)(5)
Os Bons Espíritos só dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e se afastam do orgulhoso e do ambicioso. (6)
FONTES
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita III"
(1) Como tudo que constitui novidade, a doutrina espírita conta adeptos e contraditores. Vamos tentar responder a algumas das objeções destes últimos, examinando o valor dos motivos em que se apóiam sem alimentarmos, todavia, a pretensão de convencer a todos, pois muitos há que crêem ter sido a luz feita exclusivamente para eles. Dirigimo-nos aos de boa-fé, aos que não trazem idéias preconcebidas ou decididamente firmadas contra tudo e todos, aos que sinceramente desejam instruir-se e lhes demonstraremos que a maior parte das objeções opostas à doutrina promanam de incompleta observação dos fatos e de juízo leviano e precipitadamente formado.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VII"
(2) Dirigimo-nos, pois, aos ponderados, que duvidam do que não viram, mas que, julgando do futuro pelo passado, não crêem que o homem haja chegado ao apogeu, nem que a Natureza lhe tenha facultado ler a última página do seu livro.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VIII"
(3) Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado. Não sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam a priori, levianamente, sem tudo ter visto; que não imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento indispensáveis. Ainda menos saberíamos dá-los a alguns que, para não decaírem da reputação de homens de espírito, se afadigam por achar um lado burlesco nas coisas mais verdadeiras, ou tidas como tais por pessoas cujo saber, caráter e convicções lhes dão direito à consideração de quem quer que se preze de bem-educado. Abstenham-se, portanto, os que entendem não serem dignos de sua atenção os fatos. Ninguém pensa em lhes violentar a crença; concordem, pois, em respeitar a dos outros.
(4) Dissemos que os Espíritos superiores somente às sessões sérias acorrem, sobretudo às em que reina perfeita comunhão de pensamentos e de sentimentos para o bem. A leviandade e as questões ociosas os afastam, como, entre os homens, afastam as pessoas criteriosas; o campo fica, então, livre à turba dos Espíritos mentirosos e frívolos, sempre à espreita de ocasiões propícias para zombarem de nós e se divertirem à nossa custa. Que é o que se dará com uma questão grave em reuniões de tal ordem? Será respondida; mas, por quem? Acontece como se a um bando de levianos, que estejam a divertir-se, propusésseis estas questões: Que é a alma? Que é a morte? e outras tão recreativas quanto essas. Se quereis respostas sisudas, haveis de comportar-vos com toda a sisudeza, na mais ampla acepção do termo, e de preencher todas as condições reclamadas. Só assim obtereis grandes coisas. Sede, além do mais, laboriosos e perseverantes nos vossos estudos, sem o que os Espíritos superiores vos abandonarão, como faz um professor com os discípulos negligentes.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XVI"
(5) Limitar-nos-emos a propor as questões seguintes: Por que é que a inteligência que se manifesta, qualquer que ela seja, recusa responder a certas perguntas sobre assuntos perfeitamente conhecidos, como, por exemplo, sobre o nome ou a idade do interlocutor, sobre o que ele tem na mão, o que fez na véspera, o que pensa fazer no dia seguinte, etc.?
Se o médium fosse o espelho do pensamento dos assistentes, nada lhe seria mais fácil do que responder.
A esse argumento retrucam os adversários, perguntando, a seu turno, por que os Espíritos, que devem saber tudo, não podem dizer coisa tão simples, de acordo com o axioma: Quem pode o mais pode o menos, e daí concluem que não são os Espíritos os que respondem. Se um ignorante ou um zombador, apresentando-se a uma douta assembléia, perguntasse, por exemplo, por que é dia às doze horas, acreditará alguém que ela se daria o incômodo de responder seriamente e fora lógico que, do seu silêncio ou das zombarias com que pagasse ao interrogante, se concluísse serem tolos os seus membros? Ora, exatamente porque os Espíritos são superiores, é que não respondem a questões ociosas ou ridículas e não consentem em ir para a berlinda; é por isso que se calam ou declaram que só se ocupam com coisas sérias.
Livro dos Espíritos, Prolegômenos
(6) “Lembra-te de que os Bons Espíritos só dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e que repudiam a todo aquele que busca na senda do Céu um degrau para conquistar as coisas da Terra; que se afastam do orgulhoso e do ambicioso. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus. São um véu lançado sobre as claridades celestes, e Deus não pode servir-se do cego para fazer perceptível a luz.”


