EVOCAÇÃO
- svdee1
- 7 de out.
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ENTENDIMENTOS
Os Espíritos se comunicam espontaneamente ou quando evocados. (1)
Espíritos de personagens conhecidas manifestam-se bastante, mas, dentre os Espíritos que vêm espontaneamente, é muito maior o número dos desconhecidos com um nome qualquer ou alegórico, característico, do que o dos ilustres. Quanto aos evocados, é muito natural que não sendo parente ou amigo, nos dirijamos aos que conhecemos ao invés dos que nos são desconhecidos. O nome das personagens ilustres atrai mais a atenção, por isso é que são notadas. (2)
Há quem estranhe que os Espíritos dos homens eminentes acudam familiarmente ao nosso chamado e se ocupem, às vezes, com coisas insignificantes, comparadas com as de que faziam durante a vida. A autoridade, ou a consideração de que tais homens gozaram neste mundo, nenhuma supremacia lhes dá no mundo espírita. Nisto, os Espíritos confirmam estas palavras do Evangelho: “Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados”, dependendo da categoria em que cada um de nós se achará entre eles. É assim que aquele que foi primeiro na Terra pode vir a ser lá um dos últimos. (3)
Não se pode provocar os fatos; frequentemente eles ocorrem de modo inesperado. (4)
FONTES
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VI"
(1) Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou mediante evocação.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XI"
(2) Esquisito é, acrescentam, que só se fale dos Espíritos de personagens conhecidas e perguntam por que são eles os únicos a se manifestarem. Há ainda aqui um erro, oriundo, como tantos outros, de superficial observação. Dentre os Espíritos que vêm espontaneamente, muito maior é, para nós, o número dos desconhecidos do que o dos ilustres, designando-se aqueles por um nome qualquer, muitas vezes por um nome alegórico ou característico. Quanto aos que se evocam, desde que não se trate de parente ou amigo, é muito natural nos dirijamos aos que conhecemos, de preferência a chamar pelos que nos são desconhecidos. O nome das personagens ilustres atrai mais a atenção, por isso é que são notadas.
(3) Acham também singular que os Espíritos dos homens eminentes acudam familiarmente ao nosso chamado e se ocupem, às vezes, com coisas insignificantes, comparadas com as de que cogitavam durante a vida. Nada aí há de surpreendente para os que sabem que a autoridade, ou a consideração de que tais homens gozaram neste mundo, nenhuma supremacia lhes dá no mundo espírita. Nisto, os Espíritos confirmam estas palavras do Evangelho: “Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados”, devendo esta sentença entender-se com relação à categoria em que cada um de nós se achará entre eles. É assim que aquele que foi primeiro na Terra pode vir a ser lá um dos últimos. Aquele diante de quem curvávamos aqui a cabeça pode, portanto, vir falar-nos como o mais humilde operário, pois que deixou, com a vida terrena, toda a sua grandeza, e o mais poderoso monarca pode achar-se lá muito abaixo do último dos seus soldados.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XII"
(4) Nunca, porém, dissemos que esta ciência fosse fácil, nem que se pudesse aprendê-la brincando, o que, aliás, não é possível, qualquer que seja a ciência. Jamais teremos repetido bastante que ela demanda estudo assíduo e por vezes muito prolongado. Não sendo lícito provocarem-se os fatos, tem-se que esperar que eles se apresentem por si mesmos. Freqüentemente ocorrem por efeito de circunstâncias em que se não pensa. Para o observador atento e paciente os fatos abundam, por isso que ele descobre milhares de matizes característicos, que são verdadeiros raios de luz. O mesmo se dá com as ciências comuns. Ao passo que o homem superficial não vê numa flor mais do que uma forma elegante, o sábio descobre nela tesouros para o pensamento.


