EVOLUÇÃO
- svdee1
- 7 de out.
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Atualizado: 20 de out.
EVOLUÇÃO
ENTENDIMENTOS
Nenhum Espírito nasceu pronto nem permanece sempre no mesmo grau evolutivo. Todos foram criados simples e ignorantes e vão se melhorando, adquirindo qualidades e trocando de classe, passando por todos os níveis. (6)(9)
Esta melhoria dá-se pelo mecanismo da reencarnação em diferentes globos do universo até que a perfeição seja alcançada. (7)(12)(18)
A evolução dos seres é contínua, sem retrocesso. A demora em cada estágio vai depender do aproveitamento, dos esforços do ser em cada experiência. (8)(18)
Não existe falta irremissível. O homem avança reparando as suas faltas através da expiação. (18)
Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a certo grau de desenvolvimento. Dentre as diferentes espécies de seres corpóreos, o homem tem superioridade moral e intelectual sobre as demais. (1)
Ao desencarnar, o Espírito continua com os mesmos interesses, gostos, defeitos, virtudes, enfim, é o mesmo ser que habitava o mundo material, porém, agora sem um corpo físico.
Ao estado de inferioridade e superioridade dos Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra; por exemplo, a presença inevitável, a todos os instantes, daqueles para com quem houvermos procedido mal constitui um dos castigos que nos estão reservados. (17)
Há quem estranhe que os Espíritos dos homens eminentes acudam familiarmente ao nosso chamado e se ocupem, às vezes, com coisas insignificantes, comparadas com as de que faziam durante a vida. A autoridade, ou a consideração de que tais homens gozaram neste mundo, nenhuma supremacia lhes dá no mundo espírita. Nisto, os Espíritos confirmam estas palavras do Evangelho: “Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados”, dependendo da categoria em que cada um de nós se achará entre eles. É assim que aquele que foi primeiro na Terra pode vir a ser lá um dos últimos. (20)
O Livro dos Espíritos foi ditado para guiar os homens que desejem esclarecer-se, mostrando-lhes, nestes estudos, um fim grande e sublime: o do progresso individual e social e o de lhes indicar o caminho que conduz a esse fim. (21)
Alguns astrônomos, sondando o espaço, encontraram, na distribuição dos corpos celestes, lacunas não justificadas e em desacordo com as leis do conjunto, bem como efeitos de causa desconhecida. Suspeitaram que essas lacunas deviam estar preenchidas por globos que lhes tinham escapado à observação. Julgando a causa pelo efeito, conseguiram calcular os elementos e mais tarde os fatos confirmaram as previsões. Aplicamos este mesmo raciocínio à observação da série dos seres. Eles formam uma cadeia sem solução de continuidade, desde a matéria bruta até o homem mais inteligente. Porém, entre o homem e Deus há uma imensa lacuna que não é racional pensar que será transposta sem transição. A razão nos diz que necessariamente deve existir outros elos entre o homem e Deus, como disse aos astrônomos que, entre os mundos conhecidos, outros haveria, desconhecidos. O Espiritismo mostra esta lacuna preenchida pelos seres de todas as ordens do mundo invisível e estes seres não são mais do que os Espíritos dos homens, nos diferentes graus que levam à perfeição. Tudo então se liga, tudo se encadeia. (22)
Há a evolução individual, a evolução das espécies e a evolução dos mundos. (23)
Há diferentes classes de Espíritos, com poder, inteligência, saber e moralidade diferenciados: (2)
Espíritos Superiores ou Bons Espíritos:
São os da primeira ordem, anjos ou Espíritos puros; aqueles que têm mais perfeição, conhecimentos, sentimentos puros, amor ao bem e proximidade a Deus. (3)
São os que nos ajudam a suportar as provas com coragem e resignação, nos atraindo para o bem. (13)
O homem de bem é um bom Espírito. (9)
Neste estágio, é o Espírito que se sobrepõe à matéria. (11)
Frequentam as reuniões sérias, onde predomina o desejo sincero de aprendizado e o amor do bem, afastando os inferiores; usam linguagem digna, nobre, da mais alta moralidade, livre de qualquer paixão inferior, com a mais pura sabedoria nos conselhos (que objetivam sempre o nosso melhoramento e o bem da Humanidade). (14)(15)(19)
A moral dos Espíritos superiores se resume, como a d’O Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. (16)
Espíritos Inferiores, Maus ou Impuros:
Mais distantes da perfeição, comprazem-se no mal, nutrindo paixões como o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc. (4)
Gostam de ver-nos sucumbir e ficar mais parecidos com eles. (13)
O homem perverso é um Espírito impuro. (9)
Nestes, a influência da matéria é maior do que a do corpo; a natureza animal prepondera. (11)
Têm livre acesso e plena liberdade de ação entre as pessoas frívolas que são impelidas somente por curiosidade ou maus instintos, trazendo futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto, mistificações (Muitas vezes tomam nomes famosos para enganar). (14)(19)
A linguagem é inconseqüente, quase sempre trivial e até grosseira; às vezes podem dizer alguma coisa boa e verdadeira, mas, dizem muito mais falsidades e absurdos, por malícia ou ignorância; zombam da credulidade dos homens e se divertem à custa dos que os interrogam, lisonjeando-lhes a vaidade, alimentando-lhes os desejos com falsas esperanças. (15)
Espíritos Estúrdios ou Levianos:
Não são nem muito bons nem muito maus. Perturbam e fazem intrigas, sendo mais maliciosos e inconseqüentes do que maus. (5)
Os Espíritos que ainda não estão completamente desmaterializados procuram freqüentemente semear a dúvida por malícia ou ignorância. (24)
Escala Evolutiva pelos Reinos:
a) Mineral:
b) Vegetal:
c) Animal:
A individualidade surge antes do ser encarnar, ou seja, antes da fase humana. (10)
d) Hominal:
e) Angelical:
Escala Evolutiva dos Planetas:
a) Primitivos
b) De Provas e Expiações
c) De Regeneração
A transição da Terra de Mundo de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração foi anunciada pelos Espíritos na elaboração das obras básicas (LE). (23)
Nessa fase, a vaidade dará lugar ao amor ao bem e um laço fraterno prenderá o mundo inteiro. E a doutrina será sempre a mesma, quanto ao fundo, para todos os que receberem comunicações de Espíritos superiores.(25)
d) Ditosos ou Felizes
e) Celestes ou Divinos
FONTES
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VI"
(1) Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a certo grau de desenvolvimento, dando-lhe superioridade moral e intelectual sobre as outras.
(2) Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, nem em poder, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.
(3) Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e por seu amor do bem: são os anjos ou puros Espíritos.
(4) Os das outras classes se acham cada vez mais distanciados dessa perfeição, mostrando-se os das categorias inferiores, na sua maioria, eivados das nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc. Comprazem-se no mal.
(5) Há também, entre os inferiores, os que não são nem muito bons nem muito maus, antes perturbadores e enredadores, do que perversos. A malícia e as inconseqüências parecem ser o que neles predomina. São os Espíritos estúrdios ou levianos.
(6) Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita.
(7) Esta melhora se efetua por meio da encarnação, que é imposta a uns como expiação, a outros como missão. A vida material é uma prova que lhes cumpre sofrer repetidamente, até que hajam atingido a absoluta perfeição moral.
(8) As diferentes existências corpóreas do Espírito são sempre progressivas e nunca regressivas; mas, a rapidez do seu progresso depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.
(9) As qualidades da alma são as do Espírito que está encarnado em nós; assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito, o homem perverso a de um Espírito impuro.
(10) A alma possuía sua individualidade antes de encarnar; conserva-a depois de se haver separado do corpo.
(11) O Espírito encarnado se acha sob a influência da matéria; o homem que vence esta influência, pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons Espíritos, em cuja companhia um dia estará. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões, e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, dando preponderância à sua natureza animal.
(12) Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.
(13) As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-nos a eles.
(14) “Os Espíritos são atraídos na razão da simpatia que lhes inspire a natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se comprazem nas reuniões sérias, onde predominam o amor do bem e o desejo sincero, por parte dos que as compõem, de se instruírem e melhorarem. A presença deles afasta os Espíritos inferiores que, inversamente, encontram livre acesso e podem obrar com toda a liberdade entre pessoas frívolas ou impelidas unicamente pela curiosidade e onde quer que existam maus instintos. Longe de se obterem bons conselhos, ou informações úteis, deles só se devem esperar futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto, ou mistificações, pois que muitas vezes tomam nomes venerados, a fim de melhor induzirem ao erro.
(15) “Distinguir os bons dos maus Espíritos é extremamente fácil. Os Espíritos superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria lhes transparece dos conselhos, que objetivam sempre o nosso melhoramento e o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconseqüente, amiúde trivial e até grosseira. Se, por vezes, dizem alguma coisa boa e verdadeira, muito mais vezes dizem falsidades e absurdos, por malícia ou ignorância. Zombam da credulidade dos homens e se divertem à custa dos que os interrogam, lisonjeando-lhes a vaidade, alimentando-lhes os desejos com falazes esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na mais ampla acepção do termo, só são dadas nos centros sérios, onde reine íntima comunhão de pensamentos, tendo em vista o bem.
(16) “A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações.
(17) Ensinam, finalmente, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo estar oculto, o hipócrita será desmascarado e patenteadas todas as suas torpezas; que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com quem houvermos procedido mal constitui um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e superioridade dos Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra.
(18) “Mas, ensinam também não haver faltas irremissíveis, que a expiação não possa apagar. Meio de consegui-lo encontra o homem nas diferentes existências que lhe permitem avançar, conformemente aos seus desejos e esforços, na senda do progresso, para a perfeição, que é o seu destino final.”
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita X"
(19) Indubitavelmente, os que desse fato deduzem que só se comunicam conosco seres malfazejos, cuja única ocupação consista em nos mistificar, não conhecem as comunicações que se recebem nas reuniões onde só se manifestam Espíritos superiores; do contrário, assim não pensariam. É de lamentar que o acaso os tenha servido tão mal, que apenas lhes haja mostrado o lado mau do mundo espírita, pois nos repugna supor que uma tendência simpática atraia para eles, em vez dos bons Espíritos, os maus, os mentirosos, ou aqueles cuja linguagem é de revoltante grosseria. Poder-se-ia, quando muito, deduzir daí que a solidez dos princípios dessas pessoas não é bastante forte para preservá-las do mal e que; achando certo prazer em lhes satisfazerem a curiosidade, os maus Espíritos disso se aproveitam para se aproximar delas, enquanto os bons se afastam.
(20) Acham também singular que os Espíritos dos homens eminentes acudam familiarmente ao nosso chamado e se ocupem, às vezes, com coisas insignificantes, comparadas com as de que cogitavam durante a vida. Nada aí há de surpreendente para os que sabem que a autoridade, ou a consideração de que tais homens gozaram neste mundo, nenhuma supremacia lhes dá no mundo espírita. Nisto, os Espíritos confirmam estas palavras do Evangelho: “Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados”, devendo esta sentença entender-se com relação à categoria em que cada um de nós se achará entre eles. É assim que aquele que foi primeiro na Terra pode vir a ser lá um dos últimos. Aquele diante de quem curvávamos aqui a cabeça pode, portanto, vir falar-nos como o mais humilde operário, pois que deixou, com a vida terrena, toda a sua grandeza, e o mais poderoso monarca pode achar-se lá muito abaixo do último dos seus soldados.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XVII"
(21) Esperamos que dará outro resultado, o de guiar os homens que desejem esclarecer-se, mostrando-lhes, nestes estudos, um fim grande e sublime: o do progresso individual e social e o de lhes indicar o caminho que conduz a esse fim.
(22) Concluamos, fazendo uma última consideração. Alguns astrônomos, sondando o espaço, encontraram, na distribuição dos corpos celestes, lacunas não justificadas e em desacordo com as leis do conjunto. Suspeitaram que essas lacunas deviam estar preenchidas por globos que lhes tinham escapado à observação. De outro lado, observaram certos efeitos, cuja causa lhes era desconhecida e disseram: Deve haver ali um mundo, porquanto esta lacuna não pode existir e estes efeitos hão de ter uma causa. Julgando então da causa pelo efeito, conseguiram calcular-lhe os elementos e mais tarde os fatos lhes vieram confirmar as previsões. Apliquemos este raciocínio a outra ordem de idéias. Se se observa a série dos seres, descobre-se que eles formam uma cadeia sem solução de continuidade, desde a matéria bruta até o homem mais inteligente. Porém, entre o homem e Deus, alfa e ômega de todas as coisas, que imensa lacuna! Será racional pensar-se que no homem terminam os anéis dessa cadeia e que ele transponha sem transição a distância que o separa do infinito? A razão nos diz que entre o homem e Deus outros elos necessariamente haverá, como disse aos astrônomos que, entre os mundos conhecidos, outros haveria, desconhecidos. Que filosofia já preencheu essa lacuna? O Espiritismo no-la mostra preenchida pelos seres de todas as ordens do mundo invisível e estes seres não são mais do que os Espíritos dos homens, nos diferentes graus que levam à perfeição. Tudo então se liga, tudo se encadeia, desde o alfa até o ômega. Vós, que negais a existência dos Espíritos, preenchei o vácuo que eles ocupam. E vós, que rides deles, ousai rir das obras de Deus e da sua onipotência!
Livro dos Espíritos, Prolegômenos
(23) Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
(24) “Não te deixes desanimar pela crítica. Encontrarás contraditores encarniçados, sobretudo entre os que têm interesse nos abusos. Encontrá-los-ás mesmo entre os Espíritos, por isso que os que ainda não estão completamente desmaterializados procuram freqüentemente semear a dúvida por malícia ou ignorância. Prossegue sempre. Crê em Deus e caminha com confiança: aqui estaremos para te amparar e vem próximo o tempo em que a Verdade brilhará de todos os lados.
(25) “A vaidade de certos homens, que julgam saber tudo e tudo querem explicar a seu modo, dará nascimento a opiniões dissidentes. Mas, todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e se unirão por um laço fraterno, que prenderá o mundo inteiro. Estes deixarão de lado as miseráveis questões de palavras, para só se ocuparem com o que é essencial. E a doutrina será sempre a mesma, quanto ao fundo, para todos os que receberem comunicações de Espíritos superiores.


