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O MÉDIUM É QUE FAZ A DIFERENÇA NO FENÔMENO

  • svdee1
  • 8 de out.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de out.

ENTENDIMENTOS

Não importa a natureza ou a forma dos objetos usados para as comunicações. Eles são meros instrumentos dependentes da influência de pessoas dotadas de um poder especial de ser intermediários entre os Espíritos e os homens; estas são denominadas médiuns. (1)

Qual o papel do médium nas respostas? E que participação, mecânica e moralmente, que ele pode ter nelas?

Observa-se duas circunstâncias:

A primeira é que o médium apenas impõe os dedos sobre a borda da cesta, o que torna impossível a este direcionar o movimento. Isso é ainda mais dificultoso quando são várias as pessoas que impõem seus dedos na cesta, pois precisariam de uma concordância fenomenal de movimentos e de opiniões para concordarem na resposta. E, ainda, há a questão da caligrafia personalizada dos Espíritos comunicantes que requeriria uma memória excepcional por parte do médium para reproduzir cada uma conforme o Espírito que ele quisesse imitar.

A segunda circunstância diz respeito à natureza das respostas. Muitas vezes estas abordam questões abstratas e científicas, notoriamente fora do campo dos conhecimentos e do alcance intelectual do médium; este, comumente, não tem consciência do que se escreve sob sua influência; e, freqüentemente, ele não entende ou não compreende a questão proposta, pois esta pode ser num idioma que ele desconheça ou ter sido feita mentalmente. Por fim, há as comunicações espontâneas e as respostas com cunho completamente diverso da moralidade pela qual o médium é conhecido, seja de sabedoria sublime que não pode vir senão de uma Inteligência superior ou de conteúdo tão frívolo e leviano, que jamais derivariam da mesma fonte. (2)

O médium é, portanto, um instrumento, que pode ou não perceber que está sendo influenciado pelos Espíritos. (3)

FONTES

Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita IV"

(1) O objeto a que se adapta o lápis, não passando de mero instrumento, completamente indiferentes são a natureza e a forma que tenha. Daí o haver-se procurado dar-lhe a disposição mais cômoda. Assim é que muita gente se serve de uma prancheta pequena. A cesta ou a prancheta só podem ser postas em movimento debaixo da influência de certas pessoas, dotadas, para isso, de um poder especial, as quais se designam pelo nome de médiuns, isto é — meios ou intermediários entre os Espíritos e os homens.

Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita V"

(2) Obtido o fato, restava comprovar um ponto essencial — o papel do médium nas respostas e a parte que, mecânica e moralmente, pode ter nelas. Duas circunstâncias capitais, que não escapariam a um observador atento, tornam possível resolver-se a questão. A primeira consiste no modo por que a cesta se move sob a influência do médium, apenas lhe impondo este os dedos sobre os bordos. O exame do fato demonstra a impossibilidade de o médium imprimir uma direção qualquer ao movimento daquele objeto. Essa impossibilidade se patenteia, sobretudo, quando duas ou três pessoas colocam juntamente as mãos sobre a cesta. Fora preciso entre elas uma concordância verdadeiramente fenomenal de movimentos. Fora preciso, demais, a concordância dos pensamentos, para que pudessem estar de acordo quanto à resposta a dar à questão formulada. Outro fato, não menos singular, ainda vem aumentar a dificuldade. É a mudança radical da caligrafia, conforme o Espírito que se manifesta, reproduzindo-se a de um determinado Espírito todas as vezes que ele volta a escrever. Fora necessário, pois, que o médium se houvesse exercitado em dar à sua própria caligrafia vinte formas diferentes e, principalmente, que pudesse lembrar-se da que corresponde a tal ou tal Espírito. A segunda circunstância resulta da natureza mesma das respostas que, as mais das vezes, especialmente quando se ventilam questões abstratas e científicas, estão notoriamente fora do campo dos conhecimentos e, amiúde, do alcance intelectual do médium, que, além disso, como de ordinário sucede, não tem consciência do que se escreve debaixo da sua influência; que, freqüentemente, não entende ou não compreende a questão proposta, pois que esta o pode ser num idioma que ele desconheça, ou mesmo mentalmente, podendo a resposta ser dada nesse idioma. Enfim, acontece muito escrever a cesta espontaneamente, sem que se haja feito pergunta alguma, sobre um assunto qualquer, inteiramente inesperado. Em certos casos, as respostas revelam tal cunho de sabedoria, de profundeza e de oportunidade; exprimem pensamentos tão elevados, tão sublimes, que não podem emanar senão de uma Inteligência superior, impregnada da mais pura moralidade. Doutras vezes, são tão levianas, tão frívolas, tão triviais, que a razão recusa admitir derivem da mesma fonte. Tal diversidade de linguagem não se pode explicar senão pela diversidade das Inteligências que se manifestam.

Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VI"

(3) As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas se verificam pela influência boa ou má que exercem sobre nós, à nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações. As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumentos.

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