OS FENÔMENOS OBEDECEM ÀS SUAS PRÓPRIAS LEIS
- svdee1
- 8 de out.
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de out.
ENTENDIMENTOS
Muitos estudiosos desprezaram os fenômenos porque estes não obedeceram às leis da Física conhecidas, conforme era esperado por aqueles. (1)
Isto, entretanto, não impediu os fatos de continuarem a ocorrer. Os fenômenos se dão por toda parte, revelando na causa que os produz a ação de uma vontade livre e inteligente. E a razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos hão provado que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais. (4)
Isso sinaliza a necessidade do homem de ciência estudar cada vez mais para descobrir as leis naturais que ainda desconhece. Todo o fato natural obedece a uma lei natural e se tentarmos enquadrá-lo na lei errada o seu comportamento não fará sentido. É preciso que se descubra exatamente o modo de se comportar dessa lei que lhe rege para que possamos entendê-lo. É preciso, portanto, que se estudem as circunstâncias em que os fatos se produzem, usando de observação perseverante, atenta e, às vezes, muito longa. (2)
Quando necessário, o idioma é usado perfeitamente. Assim é, por exemplo, a poesia ditada por eles, que passaria pela crítica do mais meticuloso purista, a despeito da ignorância do médium. (3)
FONTES
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita III"
(1) Qual, com efeito, o sábio que não houvera julgado uma indignidade ocupar-se com a dança das rãs? Alguns, entretanto, muito modestos para convirem em que bem poderia dar-se não lhes ter ainda a Natureza dito a última palavra, quiseram ver, para tranqüilidade de suas consciências. Mas aconteceu que o fenômeno nem sempre lhes correspondeu à expectativa e, do fato de não se haver produzido constantemente à vontade deles e segundo a maneira de se comportarem na experimentação, concluíram pela negativa.
(2) Malgrado, porém, ao que decretaram, as mesas — pois que há mesas — continuam a girar e podemos dizer com Galileu: todavia, elas se movem! Acrescentaremos que os fatos se multiplicaram de tal modo que desfrutam hoje do direito de cidade, não mais se cogitando senão de lhes achar uma explicação racional. Contra a realidade do fenômeno, poder-se-ia induzir alguma coisa da circunstância de ele não se produzir de modo sempre idêntico, conformemente à vontade e às exigências do observador? Os fenômenos de eletricidade e de química não estão subordinados a certas condições? Será lícito negá-los, porque não se produzem fora dessas condições? Que há, pois, de surpreendente em que o fenômeno do movimento dos objetos pelo fluido humano também se ache sujeito a determinadas condições e deixe de se produzir quando o observador, colocando-se no seu ponto de vista, pretende fazê-lo seguir a marcha que caprichosamente lhe imponha, ou queira sujeitá-lo às leis dos fenômenos conhecidos, sem considerar que para fatos novos pode e deve haver novas leis? Ora, para se conhecerem essas leis, preciso é que se estudem as circunstâncias em que os fatos se produzem e esse estudo não pode deixar de ser fruto de observação perseverante, atenta e às vezes muito longa.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XIV"
(3) Compreende-se, diante disto, que os Espíritos liguem pouca importância à puerilidade da ortografia, mormente quando se trata de ensino profundo e grave. Já não é maravilhoso que se exprimam indiferentemente em todas as línguas e que as entendam todas? Não se conclua daí, todavia, que desconheçam a correção convencional da linguagem. Observam-na, quando necessário. Assim é, por exemplo, que a poesia por eles ditada desafiaria quase sempre a crítica do mais meticuloso purista, a despeito da ignorância do médium.
Livro dos Espíritos, Prolegômenos
(4) Fenômenos alheios às leis da ciência humana se dão por toda parte, revelando na causa que os produz a ação de uma vontade livre e inteligente.
A razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos hão provado que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais.


