SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO
- svdee1
- 9 de out.
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Atualizado: 22 de out.
ENTENDIMENTOS
A Doutrina Espírita repousa naturalmente sobre a existência, em nós, de um ser individual e independente da matéria, que sobrevive ao corpo. (1)(14)(15)(24)(25)
As qualidades da alma não provêm do corpo; são do Espírito que reside em nós. (13)
Fenômenos alheios às leis da ciência humana se dão por toda parte, revelando na causa que os produz a ação de uma vontade livre e inteligente.
Já nas primeiras manifestações, chamadas mesas girantes, observou-se que as respostas às questões tinham correspondência com as perguntas feitas.
A razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos provam que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais.
Interrogada acerca da sua natureza, essa força se autodenominou “Espírito” ou “Gênio” e declarou pertencer ao mundo dos seres espirituais que se despojaram do invólucro corporal do homem. Assim é que foi revelada a Doutrina dos Espíritos; os próprios Espíritos respondem às questões colocadas em O Livro dos Espíritos. (2)(3)(8)(10)(11)(21)(22)(24)
Ou seja, o próprio fenômeno explicou a sua natureza. (4)(24)(25)(26)
Mais tarde, o próprio Espírito sugeriu um meio mais cômodo e rápido de comunicação, demonstrando inteligência inquestionável. (5)(6)
Ao sugerir a mudança de método nas comunicações, o Espírito escreveu uma mensagem, onde demonstrava raciocínio lógico e personalidade. (7)
Os fenômenos, que se mostram inteligentes, se dão para todos poderem ver e comprovar, não sendo privilégio de nenhum indivíduo, e se repetem todos os dias. (9)
Os Espíritos, enquanto precisam reencarnar, vão para o Plano Espiritual ao desencarnar, num estágio a que chamamos erraticidade. (12)(24)
No Mundo Espiritual, o Espírito reencontra os que conheceu quando encarnado, sendo isso um prazer ou um martírio, conforme tenha procedido com eles. (16)
Quem quiser instruir-se com os Espíritos tem que fazer um curso com eles; mas, deverá escolher seus professores e trabalhar com assiduidade. (17)
Os próprios Espíritos nos ensinam não haver entre eles igualdade de conhecimentos nem de qualidades morais, e que não se deve tomar ao pé da letra tudo quanto dizem. (18)
No mundo dos Espíritos também há uma sociedade boa e uma sociedade má. (19)
A autoridade, ou a consideração de que homens eminentes gozaram neste mundo, nenhuma supremacia lhes dá no mundo espírita. Nisto, os Espíritos confirmam estas palavras do Evangelho: “Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados”, dependendo da categoria em que cada um de nós se achará entre eles. É assim que aquele que foi primeiro na Terra pode vir a ser lá um dos últimos. (20)
As primeiras manifestações, na França, como na América, não se deram por meio da escrita nem da palavra e, sim, por pancadas. Foi por esse meio que as inteligências, autoras das manifestações, se declararam Espíritos. (23)(24)
FONTES
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita II"
(1) ...a doutrina espírita repousa naturalmente sobre a existência, em nós, de um ser independente da matéria e que sobrevive ao corpo.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita IV"
(2) As primeiras manifestações inteligentes se produziram por meio de mesas que se levantavam e, com um dos pés, davam certo número de pancadas, respondendo desse modo — sim, ou — não, conforme fora convencionado, a uma pergunta feita. Até aí nada de convincente havia para os cépticos, porquanto bem podiam crer que tudo fosse obra do acaso. Obtiveram-se depois respostas mais desenvolvidas com o auxílio das letras do alfabeto: dando o móvel um número de pancadas correspondente ao número de ordem de cada letra, chegava-se a formar palavras e frases que respondiam às questões propostas. A precisão das respostas e a correlação que denotavam com as perguntas causaram espanto.
(3) O ser misterioso que assim respondia, interrogado sobre a sua natureza, declarou que era Espírito ou Gênio, declinou um nome e prestou diversas informações a seu respeito.
(4) Há aqui uma circunstância muito importante, que se deve assinalar. É que ninguém imaginou os Espíritos como meio de explicar o fenômeno; foi o próprio fenômeno que revelou a palavra.
(5) Tal meio de correspondência era, porém, demorado e incômodo. O Espírito (e isto constitui nova circunstância digna de nota) indicou outro.
(6) Foi um desses seres invisíveis quem aconselhou a adaptação de um lápis a uma cesta ou a outro objeto. Colocada em cima de uma folha de papel, a cesta é posta em movimento pela mesma potência oculta que move as mesas; mas, em vez de um simples movimento regular, o lápis traça por si mesmo caracteres formando palavras, frases, dissertações de muitas páginas sobre as mais altas questões de filosofia, de moral, de metafísica, de psicologia, etc., e com tanta rapidez quanta se se escrevesse com a mão.
(7) O conselho foi dado simultaneamente na América, na França e em diversos outros países. Eis em que termos o deram em Paris, a 10 de junho de 1853, a um dos mais fervorosos adeptos da doutrina e que, havia muitos anos, desde 1849, se ocupava com a evocação dos Espíritos: “Vai buscar, no aposento ao lado, a cestinha; amarra-lhe um lápis; coloca-a sobre o papel; põe-lhe os teus dedos sobre a borda.” Alguns instantes após, a cesta entrou a mover-se e o lápis escreveu, muito legível, esta frase: “Proíbo expressamente que transmitas a quem quer que seja o que acabo de dizer. Da primeira vez que escrever, escreverei melhor.”
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita V"
(8) E essas Inteligências estão na Humanidade ou fora da Humanidade? Este o ponto a esclarecer-se e cuja explicação se encontrará completa nesta obra, como a deram os próprios Espíritos.
(9) Eis, pois, efeitos patentes, que se produzem fora do círculo habitual das nossas observações; que não ocorrem misteriosamente, mas, ao contrário, à luz meridiana, que toda gente pode ver e comprovar; que não constituem privilégio de um único indivíduo e que milhares de pessoas repetem todos os dias.
(10) Esses efeitos têm necessariamente uma causa e, do momento que denotam a ação de uma inteligência e de uma vontade, saem do domínio puramente físico. Muitas teorias foram engendradas a este respeito. Examiná-las-emos dentro em pouco e veremos se são capazes de oferecer a explicação de todos os fatos que se observam. Admitamos, enquanto não chegamos até lá, a existência de seres distintos dos humanos, pois que esta é a explicação ministrada pelas Inteligências que se manifestam, e vejamos o que eles nos dizem.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VI"
(11) Conforme notamos acima, os próprios seres que se comunicam se designam a si mesmos pelo nome de Espíritos ou Gênios, declarando, alguns, pelo menos, terem pertencido a homens que viveram na Terra. Eles compõem o mundo espiritual, como nós constituímos o mundo corporal durante a vida terrena.
(12) Deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saíra, para passar por nova existência material, após um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual permanece em estado de Espírito errante.
(13) As qualidades da alma são as do Espírito que está encarnado em nós; assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito, o homem perverso a de um Espírito impuro.
(14) A alma possuía sua individualidade antes de encarnar; conserva-a depois de se haver separado do corpo.
(15) Na sua volta ao mundo dos Espíritos, encontra ela (alma) todos aqueles que conhecera na Terra, e todas as suas existências anteriores se lhe desenham na memória, com a lembrança de todo bem e de todo mal que fez.
(16) Ensinam, finalmente, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo estar oculto, o hipócrita será desmascarado e patenteadas todas as suas torpezas; que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com quem houvermos procedido mal constitui um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e superioridade dos Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VIII"
(17) ...O mesmo ocorre em nossas relações com os Espíritos. Quem quiser com eles instruir-se tem que com eles fazer um curso; mas, exatamente como se procede entre nós, deverá escolher seus professores e trabalhar com assiduidade.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita X"
(18) Quem se reportar ao resumo da doutrina acima apresentado, verá que os próprios Espíritos nos ensinam não haver entre eles igualdade de conhecimentos nem de qualidades morais, e que não se deve tomar ao pé da letra tudo quanto dizem. Às pessoas sensatas incumbe separar o bom do mau.
(19) No mundo dos Espíritos também há uma sociedade boa e uma sociedade má; dignem-se, os que daquele modo se pronunciam, de estudar o que se passa entre os Espíritos de escol e se convencerão de que a cidade celeste não contém apenas a escória popular.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XI"
(20) Há quem estranhe que os Espíritos dos homens eminentes acudam familiarmente ao nosso chamado e se ocupem, às vezes, com coisas insignificantes, comparadas com as de que faziam durante a vida. A autoridade, ou a consideração de que tais homens gozaram neste mundo, nenhuma supremacia lhes dá no mundo espírita. Nisto, os Espíritos confirmam estas palavras do Evangelho: “Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados”, dependendo da categoria em que cada um de nós se achará entre eles. É assim que aquele que foi primeiro na Terra pode vir a ser lá um dos últimos.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XIV"
(21) Muito pouco à vontade hão de eles se sentirem, quando obrigados, para se comunicarem conosco, a utilizarem-se das formas longas e embaraçosas da linguagem humana e a lutarem com a insuficiência e a imperfeição dessa linguagem, para exprimirem todas as idéias. É o que eles próprios declaram. Por isso mesmo, bastante curiosos são os meios de que se servem com freqüência para obviarem a esse inconveniente. O mesmo se daria conosco, se houvéssemos de exprimir-nos num idioma de vocábulos e fraseados mais longos e de maior pobreza de expressões do que o de que usamos. É o embaraço que experimenta o homem de gênio, para quem constitui motivo de impaciência a lentidão da sua pena sempre muito atrasada no lhe acompanhar o pensamento. Compreende-se, diante disto, que os Espíritos liguem pouca importância à puerilidade da ortografia, mormente quando se trata de ensino profundo e grave. Já não é maravilhoso que se exprimam indiferentemente em todas as línguas e que as entendam todas? Não se conclua daí, todavia, que desconheçam a correção convencional da linguagem. Observam-na, quando necessário. Assim é, por exemplo, que a poesia por eles ditada desafiaria quase sempre a crítica do mais meticuloso purista, a despeito da ignorância do médium.
Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XVI"
(22) Ainda uma vez, e este é ponto capital sobre que nunca insistiremos bastante: a teoria sonambúlica e a que se poderia chamar refletiva foram imaginadas por alguns homens; são opiniões individuais, criadas para explicar um fato, ao passo que a Doutrina dos Espíritos não é de concepção humana. Foi ditada pelas próprias inteligências que se manifestam, quando ninguém disso cogitava, quando até a opinião geral a repelia.
(23) Também ainda há outra circunstância em que não se tem atentado muito. As primeiras manifestações, na França, como na América, não se verificaram por meio da escrita nem da palavra, e, sim, por pancadas concordantes com as letras do alfabeto e formando palavras e frases. Foi por esse meio que as inteligências, autoras das manifestações, se declararam Espíritos.
Livro dos Espíritos, Prolegômenos
(24) Fenômenos alheios às leis da ciência humana se dão por toda parte, revelando na causa que os produz a ação de uma vontade livre e inteligente.
A razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos hão provado que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais.
Interrogada acerca da sua natureza, essa força declarou pertencer ao mundo dos seres espirituais que se despojaram do invólucro corporal do homem. Assim é que foi revelada a Doutrina dos Espíritos.
(25) Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
(26) Em o número dos Espíritos que concorreram para a execução desta obra, muitos se contam que viveram, em épocas diversas, na Terra, onde pregaram e praticaram a virtude e a sabedoria. Outros, pelos seus nomes, não pertencem a nenhuma personagem, cuja lembrança a História guarde, mas cuja elevação é atestada pela pureza de seus ensinamentos e pela união em que se acham com os que usam de nomes venerados.
Eis em que termos nos deram, por escrito e por muitos médiuns, a missão de escrever este livro:


