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NECESSIDADE DE ESTUDO CONTÍNUO

  • svdee1
  • 8 de out.
  • 5 min de leitura

ENTENDIMENTOS

É imprescindível que se imprima aos estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento. (1)(6)

O que caracteriza um estudo sério é a continuidade. Frequentemente, por ser complexa, uma questão, para ser elucidada, exige a solução de outras preliminares ou complementares. É preciso estudar metodicamente, desde o princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das idéias. Por maior que seja a boa vontade de um mestre, uma resposta isolada que dê, será forçosamente incompleta e quase sempre, por isso mesmo, ininteligível, ou parecerá absurda e contraditória, se o aprendiz não possuir uma boa base. O mesmo ocorre em nossas relações com os Espíritos. Quem quiser instruir-se com eles tem que fazer um curso com eles; mas, deverá escolher seus professores e trabalhar com assiduidade. (2)

Nas reuniões de estudo, deverá reinar perfeita comunhão de pensamentos e de sentimentos para o bem. Os estudos devem ser laboriosos e perseverantes, caso contrário, os Espíritos superiores abandonarão os alunos à companhia dos Espíritos levianos e mentirosos, que se comprazem com as reuniões frívolas. (3)

O Espiritismo não é uma ciência fácil. Demanda tempo, observação e estudo sério. Não se pode provocar os fatos; frequentemente eles ocorrem de modo inesperado. Para o observador atento e paciente os fatos abundam, por isso que ele descobre milhares de matizes característicos, que são verdadeiros raios de luz. (4)

Há quem pergunte por que os Espíritos ditos Superiores nem sempre estão de acordo.

Entenderemos através do estudo (Que requer muita atenção, observação profunda, continuidade e perseverança.) que nem tudo o que parece contraditório de fato o é. A forma da resposta depende muitas vezes da forma da questão. Frequentemente só há diferença de palavras. Os Espíritos superiores não se preocupam absolutamente com a forma. Para eles, o fundo do pensamento é tudo.

O estudo do Espiritismo é imenso; interessa a todas as questões da metafísica e da ordem social; é um mundo que se abre diante de nós. (5)


FONTES

Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita VIII"

(1) Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado. Não sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam a priori, levianamente, sem tudo ter visto; que não imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento indispensáveis. Ainda menos saberíamos dá-los a alguns que, para não decaírem da reputação de homens de espírito, se afadigam por achar um lado burlesco nas coisas mais verdadeiras, ou tidas como tais por pessoas cujo saber, caráter e convicções lhes dão direito à consideração de quem quer que se preze de bem-educado. Abstenham-se, portanto, os que entendem não serem dignos de sua atenção os fatos. Ninguém pensa em lhes violentar a crença; concordem, pois, em respeitar a dos outros.

(2) O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá. Será de admirar que muitas vezes não se obtenha nenhuma resposta sensata a questões de si mesmas graves, quando propostas ao acaso e à queima-roupa, em meio de uma aluvião de outras extravagantes? Demais, sucede freqüentemente que, por complexa, uma questão, para ser elucidada, exige a solução de outras preliminares ou complementares. Quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando pelo princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das idéias. Que adiantará àquele que, ao acaso, dirigir a um sábio perguntas acerca de uma ciência cujas primeiras palavras ignore? Poderá o próprio sábio, por maior que seja a sua boa vontade, dar-lhe resposta satisfatória? A resposta isolada, que der, será forçosamente incompleta e quase sempre, por isso mesmo, ininteligível, ou parecerá absurda e contraditória. O mesmo ocorre em nossas relações com os Espíritos. Quem quiser com eles instruir-se tem que com eles fazer um curso; mas, exatamente como se procede entre nós, deverá escolher seus professores e trabalhar com assiduidade.

(3) Dissemos que os Espíritos superiores somente às sessões sérias acorrem, sobretudo às em que reina perfeita comunhão de pensamentos e de sentimentos para o bem. A leviandade e as questões ociosas os afastam, como, entre os homens, afastam as pessoas criteriosas; o campo fica, então, livre à turba dos Espíritos mentirosos e frívolos, sempre à espreita de ocasiões propícias para zombarem de nós e se divertirem à nossa custa. Que é o que se dará com uma questão grave em reuniões de tal ordem? Será respondida; mas, por quem? Acontece como se a um bando de levianos, que estejam a divertir-se, propusésseis estas questões: Que é a alma? Que é a morte? e outras tão recreativas quanto essas. Se quereis respostas sisudas, haveis de comportar-vos com toda a sisudeza, na mais ampla acepção do termo, e de preencher todas as condições reclamadas. Só assim obtereis grandes coisas. Sede, além do mais, laboriosos e perseverantes nos vossos estudos, sem o que os Espíritos superiores vos abandonarão, como faz um professor com os discípulos negligentes.

Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XII"

(4) Nunca, porém, dissemos que esta ciência fosse fácil, nem que se pudesse aprendê-la brincando, o que, aliás, não é possível, qualquer que seja a ciência. Jamais teremos repetido bastante que ela demanda estudo assíduo e por vezes muito prolongado. Não sendo lícito provocarem-se os fatos, tem-se que esperar que eles se apresentem por si mesmos. Freqüentemente ocorrem por efeito de circunstâncias em que se não pensa. Para o observador atento e paciente os fatos abundam, por isso que ele descobre milhares de matizes característicos, que são verdadeiros raios de luz. O mesmo se dá com as ciências comuns. Ao passo que o homem superficial não vê numa flor mais do que uma forma elegante, o sábio descobre nela tesouros para o pensamento.

Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XIII"

(5) Mas, ponderam, como se explica que os tidos por Espíritos de ordem superior nem sempre estejam de acordo?

Diremos, em primeiro lugar, que, independentemente da causa que vimos de assinalar, outras há de molde a exercerem certa influência sobre a natureza das respostas, abstração feita da probidade dos Espíritos. Este é um ponto capital, cuja explicação alcançaremos pelo estudo. Por isso é que dizemos que estes estudos requerem atenção demorada, observação profunda e, sobretudo, como aliás o exigem todas as ciências humanas, continuidade e perseverança.

Anos são precisos para formar-se um médico medíocre e três quartas partes da vida para chegar-se a ser um sábio. Como pretender-se em algumas horas adquirir a Ciência do Infinito? Ninguém, pois, se iluda: o estudo do Espiritismo é imenso; interessa a todas as questões da metafísica e da ordem social; é um mundo que se abre diante de nós. Será de admirar que o efetuá-lo demande tempo, muito tempo mesmo?

A contradição, demais, nem sempre é tão real quanto possa parecer. Não vemos todos os dias homens que professam a mesma ciência divergirem na definição que dão de uma coisa, quer empreguem termos diferentes, quer a encarem de pontos de vista diversos, embora seja sempre a mesma a idéia fundamental? Conte quem puder as definições que se têm dado de gramática! Acrescentaremos que a forma da resposta depende muitas vezes da forma da questão.

Pueril, portanto, seria apontar contradição onde frequentemente só há diferença de palavras. Os Espíritos superiores não se preocupam absolutamente com a forma. Para eles, o fundo do pensamento é tudo.

Livro dos Espíritos, Introdução, "Ao Estudo da Doutrina Espírita XVII"

(6) A verdadeira Doutrina Espírita está no ensino que os Espíritos deram, e os conhecimentos que esse ensino comporta são por demais profundos e extensos para serem adquiridos de qualquer modo, que não por um estudo perseverante, feito no silêncio e no recolhimento. Porque, só dentro desta condição se pode observar um número infinito de fatos e particularidades que passam despercebidos ao observador superficial, e firmar opinião.

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