SUICIDAS

Deus,

ampara, consola e alivia todos os suicidas, assim como todos aqueles afetados pelo desencarne antecipado.

Que todos aqueles que têm ideias suicidas, concretizadas ou não (porque pensar em suicidar-se já é o início do processo), possam ser esclarecidos com uma linguagem que eles entendam;

usando como mensageiro algum Espírito que eles amem, respeitem ou admirem;

por intermédio de um meio de comunicação no qual prestem atenção.

Que os irmãos suicidas descubram o quanto antes que são imortais;

que somos todos Espíritos habitando temporariamente um corpo carnal;

que o corpo é apenas o meio de expressão do Espírito, que é o verdadeiro ser;

e que entre corpo e Espírito existe o perispírito, que transmite as impressões de um para o outro e vice-versa.

Que possam saber que uma das primeiras impressões de um suicida ao recobrar a consciência no mundo espiritual é a da desilusão, pois vê-se vivo com os seus problemas agravados e não solucionados como queria. Encarnado, ele tinha sempre a chance de um novo dia com novos estímulos, podendo conhecer pessoas, lugares, conceitos novos; tinha pessoas com quem extravasar suas aflições; tinha bálsamos para dar um alívio ao coração e descanso pra mente enquanto o corpo refazia as energias. De volta antecipada ao Plano Espiritual, vê-se sozinho sem distrações, ficando frente a frente com os problemas não resolvidos, que lhe parecerão maiores e mais doloridos por não ter com o que dividir a atenção. A dor e o mal-estar decorrentes do que tenham feito ao corpo físico na tentativa de extinguir a vida são somados aos sofrimentos que já tinham; o perispírito é o canal de transmissão entre o corpo e o Espirito e ele não foi desconectado adequadamente.

Que esses irmãos possam dar-se conta de que a vida material é estágio temporário para nossa evolução.

Que pelo menos intuam o mal que fazem a si mesmos, pois reencarnamos em grupos, o que torna o processo mais amigável, familiar e prazeroso;

aqueles que desistem de cumprir o aprendizado da encarnação vão ficando pra trás na evolução enquanto os seus companheiros de jornada vão avançando;

dependendo do tempo que um Espírito leve para se recuperar dos danos e do número de desistências, pode acontecer do seu grupo evoluir tanto que não seja mais possível a ele reencarnar junto deles e de precisar ser enxertado em um novo grupo, estranho mas compatível com o seu nível evolutivo (e é isso o que faz tantas pessoas se sentirem deslocadas, não pertencentes a uma família, a um lugar ou até mesmo ao planeta; é o que gera muitas saudades e melancolias).

Que esses irmãos compreendam que também sofrerão pelo mal que tenham causado a outros Espíritos, ainda que involuntariamente; pois, pessoas podem ficar culpando-se pelo ocorrido, podem se sentir encorajadas a fazer o mesmo, podem ficar traumatizadas por ter presenciado o ato ou encontrado o corpo. Enfim, tudo que prejudicar a outros será débito pesando nas suas consciências a gerar mais dor.

Que possam entender que viemos a este mundo material para aprendermos a viver;

que só aprendemos as coisas fazendo, portanto, só aprendemos a viver vivendo, não desistindo;

que o sofrimento não é castigo, mas sinalizador de que estamos vivendo em desacordo com a harmonia do Universo;

que os sentimentos como vergonha, tristeza, raiva, revolta, desilusão, são atributos do Espírito e não do corpo físico;

que faz parte do aprender a viver aprender a lidar com esses sentimentos;

que, se a vida não cessa e os sentimentos são inerentes ao Espírito, é absolutamente inútil o ato suicida, pois o Espírito permanecerá o mesmo, com sua inteligência, seus sentimentos e dificuldades;

e que a forma de curar o sofrimento é evoluir, aprendendo a lidar com eles.

Que saibam que não há pra onde fugir; tudo é vida. E a lição de que tentamos fugir é sempre reapresentada, de forma cada vez mais contundente.

Que, se estão tão dispostos a uma atitude drástica para acabar com o seu sofrimento, refaçam tudo iniciando do zero, mas na encarnação;

se o sofrimento ocorre por não sabermos viver, que recomecem, tentando acertar e fazendo as coisas de outro modo, pois fazendo sempre do mesmo jeito se obtém sempre o mesmo resultado;

que os benfeitores possam lhes intuir melhores ideias, melhores caminhos, melhores formas de viver.

Que, esses irmãos entendam que, por pior que seja esse mundo material, ele nos proporciona muitas distrações que nos aliviam um pouco os tormentos;

que ninguém é colocado em dificuldades, mas cada um dificulta a si mesmo ao errar a forma escolhida de vivenciar uma situação;

que em toda dificuldade há sempre ao menos um bálsamo para aliviar o coração e distrair a mente enquanto o corpo refaz as suas energias;

que esse bálsamo pode ser pessoas queridas, bichinhos de estimação, trabalho, hobby, um talento qualquer (pintar, cantar, dançar...), os bens materiais, etc.

Que os benfeitores possam ajudar esses irmãos a identificarem os bálsamos existentes em suas vidas e a usá-los com melhor proveito.

Que também possam afastar e tratar a todos os Espíritos que obsidiem os que têm propensão ao suicídio, para que os suicidas não recaiam no mesmo erro, não percam mais tempo e nem acumulem dores desnecessárias.

Pai, retira a venda da materialidade de sobre os olhos desses Espíritos iludidos quanto ao suicídio como solução de problemas.

Assepsia os corações deles, provendo-lhes de novas esperanças, de novo ânimo e da certeza de que não estão sozinhos na sua caminhada.

Que todos aqueles que amam um suicida possam saber, nem que seja somente por intuição, que seus queridos não estão perdidos pra sempre e tampouco abandonados;

que os suicidas apenas escolheram um caminho mais longo e mais penoso para chegar ao mesmo lugar que todas as criaturas, ou seja, a luz;

e que é certo o reencontro em um outro momento de maior equilíbrio.

Envolve, Pai, a todos os atormentados pelo suicídio, seja em ato, ideia ou reflexo, na Tua paz.